Em reunião com representantes do Ministério Público, a prefeitura de Campos deverá começar a vacinar os professores da cidade, para que as aulas no sistema híbrido sejam, enfim, recomeçadas. O Ministério Público reforçou que as etapas de retomada ocorram de forma paritária nas redes pública e privada, observando-se as etapas da educação (ensino infantil, fundamental e médio), e estabeleceu prazo de cinco dias para que a Secretaria de Educação apresente a forma de operacionalização das etapas de retorno.
O mesmo prazo de cinco dias foi acordado com a Subsecretaria de Vigilância em Saúde para o início da vacinação dos profissionais das unidades escolares da primeira etapa.
A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Campos, Graciete Santana, disse que o sindicato não participou da reunião que foi solicitada pela Seduct ao MP-RJ. "Ainda não existe nada definido. Existe, sim, uma proposta do município de vacinar os profissionais da Educação com a Coronavac. Daí a nossa pergunta é: Como CoronaVac se muitas pessoas tomaram a primeira dose e ainda não conseguiram tomar a segunda, embora os prazo de 21 dias já tenha extrapolado? Eles estão pensando em um início das aulas em junho de forma gradual. Na próxima semana terá nova audiência e o Sepe já solicitou participação", explica.
Vale lembrar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidiu na última segunda-feira, (3), suspender a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que manteve o decreto estadual incluindo profissionais das forças de segurança e da educação no grupo prioritário para vacinação contra a covid-19. Com a decisão, deverá ser seguida a ordem de vacinação estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Em nota, o MPE-RJ diz que a vacinação dos profissionais de educação que atuam na linha de frente, em contato com as crianças e adolescentes será feita de forma escalonada, levando-se em conta a limitação de doses do imunizante.