Handebol além das quatro linhas: um novo olhar sobre o esporte na escola

Handebol além das quatro linhas: um novo olhar sobre o esporte na escola

Nos últimos anos, o público se acostumou a ver jovens talentos do Instituto Federal Fluminense colecionar títulos.  

O jogador de Handebol do IFF, Lukas Guilherme da Silva Pessanha, fez um balanço das competições nos últimos anos: “o saldo é positivo, principalmente porque o torneio teve um bom número de times formados pelos outros campis”.

Na última rodada do Pré-Olímpico de handebol, em Granollers, na Espanha, o Brasil precisava de uma vitória para se classificar para Paris 2024. Era tudo ou nada. Mas a seleção não conseguiu levar a melhor contra as anfitriãs do torneio no domingo retrasado e perdeu a chance de garantir uma vaga para as Olimpíadas. Com a derrota por 28 a 26, Brasil ficou em terceiro lugar do grupo. Apenas os dois primeiros colocados deste torneio garantiram passagem para a França neste ano: Espanha e Eslovênia. 

Há quem diga que o handebol é desvalorizado. Em minha opinião a modalidade é pouco divulgada devido a nossa cultura e nosso fanatismo pelo futebol. Mas isso esta mudando. O handebol já esta ganhando patrocínio de grandes empresas que estão tentando levar o nosso handebol pra um nível internacional. No sul do Brasil a divulgação é maior.

Recentemente ao ser entrevistado, o goleiro da seleção brasileira de handebol, Rangel Rosa, mencionou que o handebol brasileiro é desorganizado. “Diferentemente do futebol, o handebol não é tão conhecido no Brasil, não tem um marketing tão bom, nem campeonatos conhecidos, e isso atrapalha na organização para ter uma maior influência, para fazer o handebol crescer como esporte no geral”. Disse Lukas, frisando a sua opinião como atleta.

O IFF esta de parabéns, não é de hoje que acontecem torneios a nível nacional, por exemplo, os jogos das instituições federais. “Em quadra e nos treinos, nosso time é coordenado pelo treinador Luan leitão e Júlio César, porém, fora das quadras, o coordenador de educação física do Instituto Federal Fluminense, André Gonçalves, da todo o apoio necessário para que o time não tenha problema com horários de treino, viagens, etc. Também queremos ressaltar que a secretaria de educação física do IFF, ajuda com a famosa "bolsa atleta", que incentiva os alunos a continuar praticando o esporte.” Disse Lukinha, como é carinhosamente chamado pelos amigos.

Perguntado sobre os triunfos alcançados pelo time de handebol do IFF, Lukas e seus amigos do time responderam: “temos décadas e décadas de história de handebol com incontáveis títulos, mas na nossa última geração de atletas conseguimos alcançar uma invencibilidade de mais de cinco anos contra os times dos outros campis da região”.

Também conversei com Carlos Augusto Sanguedo Boynard, que é da área de educação física, que já foi coordenação de Educação Física do Instituto Federal Fluminense Campus Campos-Centro, já atuou como treinador de equipe de futsal feminino, futsal masculino e xadrez, mas devido ter ocupado outras funções no IFF, não tem tido oportunidade de acompanhar os eventos esportivos da forma que gostaria. Perguntado sobre a importância do esporte nas escolas, Boynard respondeu: “Praticar uma atividade física, independentemente de qual seja, já é uma grande conquista para aqueles que querem ter uma rotina mais equilibrada. Afinal, são inúmeros os benefícios do esporte para a saúde”.

Concluímos que o professor de Educação Física tem um papel de suma importância na escola, assim como os demais professores em suas disciplinas, pois possibilita aos alunos descontração e quebra de rotina de sala de aula, além trabalhar a saúde, o bem estar dos alunos e formar atletas.

Finalizo a matéria agradecendo a minha amiga Rayanna Maciel, procuradora Educacional Institucional do Instituto Federal Fluminense, que contribuiu intermediando o contato com alguns professores e que sempre apoia as nossas matérias, além do atleta Lukas e os demais atletas do time de handebol do IFF. O agradecimento é extensivo a todos os gestores, ao reitor Jefferson Manhães, a pró-reitoria de extensão, cultura, esporte e diversidade, todos que participam diretamente e indiretamente, sejam nos projetos que destinam as verbas para o bolsa atleta, sejam nos projetos que viabilizam verbas para as despesas com as viagens, alimentação, entre outras tantas despesas.

*Mateus Chagas é bacharel em direito, jurídico da W Seg Serviços e colunista de esporte do jornal Notícia Urbana