"Política se discute e faz o ano todo, mas só se fala em eleição em ano par”, diz Rodrigo Bacellar ao ser questionado sobre pré-candidatura à Prefeitura de Campos

"Política se discute e faz o ano todo, mas só se fala em eleição em ano par”, diz Rodrigo Bacellar ao ser questionado sobre pré-candidatura à Prefeitura de Campos

O entrevistado da série de reportagens especiais do jornal Notícia Urbana, Um Ano Antes da Eleição, é o Deputado Estadual Rodrigo Bacellar. Rodrigo, que é filho do sindicalista e ex-vereador Marcos Bacellar, foi eleito em 2018 para o seu primeiro mandato com 26135 votos pelo Solidariedade.

Assim como a maioria dos pré-candidatos entrevistados aos domingos pelo jornal NU, Rodrigo desconversa sobre a pré-candidatura e diz. “Nunca falei em pré-candidatura à prefeito. Claro, muita gente me pede, especula e torce para que abrace esse projeto. Mas estou no primeiro ano do mandato de deputado estadual e tenho muito a fazer ainda”, garante o jovem político, ressaltando que trabalha incessantemente para ajudar o Município e o povo de Campos que passam por enorme dificuldade. “Não tenho tempo pra especular e muito menos desejo colocar projeto pessoal em detrimento do bem estar dos campistas. De qualquer maneira, essa discussão começará num momento oportuno. Política se discute e faz o ano todo, mas só se fala em eleição em ano par”.

Apesar de garantir que não há decisão tomada em relação a uma possível candidatura em 2020, Bacellar diz que se prepara para atender à população, mesmo sabendo a grave crise financeira que a maior cidade do interior do Estado enfrenta. “Como disse anteriormente, não há decisão tomada nesse sentido. De qualquer maneira, se um dia houver, estarei pronto para atender os meus conterrâneos. A dificuldade financeira não afastaria o meu desejo, e sim despertaria ainda mais a vontade de servir ao povo de Campos. Os grandes homens públicos nascem na adversidade”.

Filho do ex-vereador Marcos Bacellar, que foi afastado da Câmara de Campos por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa, Rodrigo destaca que Marcos é o ídolo dele e afirma que, caso seja candidato na eleição municipal do ano que vem, contará com o apoio do pai. “Sindicalista, ele jamais se curvou aos poderosos . Quando todos aplaudiam o casal Garotinho, ele se tornava a única voz da oposição. E pagou um preço caro por isso, sem nunca esmorecer. Os problemas que meu pai teve não foram criminais.  Foram administrativos. E se teve o impedimento de registro na última eleição não foi porque tenha sido condenado pela prática de um crime. Vale dizer, não roubou, não foi condenado por quadrilha, não foi acusado de beneficiar ninguém ou de se beneficiar” defende Rodrigo, acrescentando que são milhares os eleitores que se sentiram plenamente representados pela atuação política do pai. “Daí suas inúmeras reeleições. E concluindo, se hoje sou deputado estadual, devo o meu mandato a trajetória política, exemplo de homem público, a coragem, a lealdade, a firmeza de caráter, a sinceridade, apanágios que me foram legados por meu pai. E se um dia eu tiver que ‘pagar’ porque defendi o que era certo, saberei que continuo no caminho correto e que ele terá orgulho do que plantou”.

Questionado sobre o que faria de diferente da atual gestão municipal, Rodrigo Bacellar diz que faria muita coisa, mas cada um tem um perfil, competências,  preferências e modo de agir. “Não serei leviano a ponto de criticar sem estar lá dentro vendo de perto os problemas que a máquina enfrenta. De qualquer forma, nenhuma decisão é fácil no momento de crise para estabelecimento de prioridades, mas não creio que restringir o acesso a serviços públicos essenciais seja a melhor saída. Não se estabelece uma política pública eficiente meramente extinguindo outra, mas sim identificando e corrigindo as deficiências, restabelecendo as ações essenciais e buscando metas viáveis de forma transparente”, conclui o político.