Revoltados, moradores picham hospital de campanha de Campos

Revoltados, moradores picham hospital de campanha de Campos

O hospital de Campanha de Campos, que deverá começar a ser desmontado a partir da próxima semana, amanheceu com a parede de metal com várias pichações neste sábado (4). Um dos escritos diz: "Campos e o MPE são cumplices", fazendo referência as autoridades políticas e do judiciário da cidade. Os moradores estão revoltados com o descaso do governo do Estado, que adiou cinco vezes a inauguração do elefante branco e, nesta semana, anunciou que não seria entregue à população. 

Neste sábado (4), 94 novos casos de covid-19 foram registrados em Campos. Dentre os novos casos, óbitos de duas mulheres, de 56 e 87 anos,  com comorbidades. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, o município contabiliza 2.122 casos confirmados da doença, sendo 123 óbitos. 

São investigados, ainda, 18 óbitos, 6.015 casos de Síndrome Gripal (SG) e 249 de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Campos conta 1233 recuperados da doença. O aumento da equipe da Vigilância em Saúde fortaleceu a busca ativa por pacientes, o que garante maior precisão sobre casos de recuperados. Outros 1.583 casos foram descartados no município. 

Ao informar que o hospital de campanha - que está infectado de corrupção - não seria entregue, o Governo do Estado justificou como uma das razões é que, na cidade, já existe uma intenção de pactuação com os hospitais particulares que atendem as regiões. Além disso, segundo o governo, o principal motivo da decisão de não entregar esses dois hospitais é a queda das internações de covid-19 observada há várias semanas.