Por Mateus Chagas
No universo esportivo são comuns os rituais que exprimem o elemento religioso. Orações antes das partidas, o sinal da cruz antes de uma prova de atletismo e até mesmo as tatuagens e comemorações de gol dos futebolistas pelo mundo a fora são alguns exemplos da presença de atletas que confiam a Deus seu desempenho esportivo.
Porém, um exemplo em particular da relação entre esporte e religião me chamou a atenção no último mês: Conversando com meu grande amigo, Gustavo Rangel, vulgo Vidigal, fui apresentado a um incrível projeto esportivo promovido pela igreja cristã Semear, localizada na Rua Gilberto Cardoso, na nossa cidade. Vidigal é católico e ainda assim contribui com um projeto que pertence a uma religião diferente da sua. Fica a reflexão em relação a intolerância religiosa, tal atitude demonstra que devemos sempre buscar agregar valores, que unidos no mesmo propósito podemos construir uma sociedade melhor tentando eliminar a violência religiosa ao estimular uma cultura da paz, justiça e etc.
O projeto Semear para o Futuro surgiu em 2015 com o intuito de permitir que os jovens cristãos e das comunidades vizinhas tenham a oportunidade de participar de diversas modalidades esportivas baseado em princípios religiosos. O projeto é liderado pelo apóstolo Luciano Vicente, pela Pastora Thais, e recebe o apoio do professor José Henrique. Embora os atletas não tenham disputado torneios de expressão, por motivos alheios a vontade dos organizadores, claro, a exemplo do período da pandemia, existe uma grande expectativa para alçar voos maiores em 2024 ao voltar a disputa pela Taça Guarus. A última participação na Taça foi em 2019.
A vontade de usar o trabalho para impactar a sociedade vem unindo cada vez mais pessoas diferentes, a exemplo, nos almoços que são promovidos uma vez no mês para os alunos e seus pais. Perguntado sobre a importância do projeto, José Henrique disse: “A nossa intenção é transmitir valores cristãos, princípios e comportamentos que irão beneficiar suas famílias e auxiliá-las, além de oferecer suporte em diferentes aspectos de suas vidas. A pandemia tirou as crianças da realidade da vida levando-as ao isolamento social e à individualidade”.o
*Mateus Chagas é bacharel em direito, jurídico da W Seg Serviços e colunista colaborador do jornal Notícia Urbana