As disciplinas de Física, Química, Biologia, História, Geografia e Filosofia foram afastadas da grade de horário do 3º ano do Ensino pelo Governo do Rio de Janeiro. O Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) não gostou da ação e reclamou. A decisão causou polêmica.
Em Campos, a mudança também será adotada. Vale lembrar que a mudança faz parte da Reforma do Ensino Médio, que foi aprovada pelo Governo Federal em 2017 e criou polêmica e críticas neste momento.
O Sepe não foi de acordo com a atitude, destacando que estudantes realizam provas do vestibular do Enem e as disciplinas estão ligadas às modificações da grade.
“Enquanto o governo tira matérias importantes para a formação dos alunos da rede estadual, nas escolas particulares, os estudantes estão tendo acesso a todas essas disciplinas e, claro, estarão muito mais preparados para disputar as vagas do ENEM. Isso é uma política de retirada de direitos ao estudo dos filhos da classe trabalhadora como nunca vimos antes na história da educação pública”, criticou o Sepe.
O Sepe explicou que tentou impedir o afastamento das disciplinas da grade de ensino. “No processo de negociação que levou à suspensão do movimento, o governo prometeu que todas as disciplinas seriam mantidas no currículo, em todos os anos, com pelo menos 2 tempos de aula cada. A Secretaria de Educação, no entanto, mentiu para nós e mente para a população quando diz que está ofertando uma educação de qualidade. Já falta tudo nas escolas e agora faltará também conhecimento”, completou o sindicato em nota oficial.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) explicou que decidiu reduzir o número de itinerários após uma escuta colaborativa, realizada em abril de 2023, envolvendo professores, gestores, alunos e a comunidade escolar, com um objetivo de garantir um maior alinhamento e proximidade entre os componentes e suas áreas de abrangência, em consonância com as habilidades e competência preconizadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Essa estratégia busca promover uma integração mais coesa entre os elementos curriculares e as demandas específicas de cada contexto. Isso reflete o compromisso da gestão em proporcionar uma educação eficiente e alinhada às necessidades da comunidade escolar”, enfatizou o órgão.