Enquanto muitos profissionais do Direito aproveitam o recesso forense como um momento de pausa, outros enxergam nesse período uma oportunidade única para consolidar relações, planejar estratégias e adiantar demandas. Com os prazos suspensos e os tribunais em funcionamento reduzido, o recesso se torna um campo fértil para a advocacia proativa e estratégica.
Durante esse intervalo, grandes portas se abrem para advogados que buscam fortalecer vínculos com clientes, revisitar processos, e aprofundar estudos sobre temas complexos. Sem a pressão dos prazos correndo, há tempo para reorganizar o escritório, estruturar teses mais robustas e explorar novas áreas de atuação. Além disso, é o momento ideal para a realização de audiências e negociações mais informais, que podem resultar em acordos rápidos e eficazes.
Outro diferencial está na preparação de novos projetos. O recesso permite que os advogados se dediquem à criação de conteúdos informativos, desenvolvimento de cursos, ou até mesmo ao estudo de legislações emergentes. Profissionais que aproveitam essa calmaria para inovar saem na frente quando o ritmo judiciário retorna ao normal.
Advogar durante o recesso forense é, portanto, uma forma de transformar o período de baixa movimentação judicial em um trampolim para crescimento profissional. É a chance de investir na qualidade do trabalho, fortalecer a reputação e construir um diferencial competitivo no mercado jurídico.
Evandro Barros
Advogado e Doutorando em Políticas Sociais – UENF