Quem tem filho(a) criança sabe a verdadeira via crucis que tem sido comprar medicamentos como antibióticos e xaropes para os pequenos. Em Campos, a maioria das farmácias não dispõe de remédios básicos e que antes eram encontrados facilmente. Quando o medicamento é achado, o preço é absurdo. Especialistas apontam dois motivos para essa escassez: a pandemia, onde foi as demandas foram priorizadas para medicamentos injetáveis, e a guerra da Rússia com a Ucrânia, já que inúmeras composições aplicadas às fórmulas são importadas.
E engana-se quem pensa que são só os antibióticos e os xaropes que não estão sendo encontrados nas prateleiras das farmácias da cidade. O Noripurum para reposição de ferro, e os medicamentos de uso infantil para tratamento de asma como Clenil e Aerolim também estão escassos.
O problema da falta de medicamento não acontece apenas em Campos, mas em várias cidades Brasil afora. Essa escassez já acontece desde abril, tanto que, naquele mês, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Cosems) provocou o Ministério da Saúde a tomar providências urgentes. Segundo o Cosems, algumas cidades contabilizam falta de 134 itens, entre eles, Micofenolato para evitar rejeição de transplantes de órgãos; ribavirina para tratar hepatite C, entre outros. “Denunciamos fragilidades do mercado de medicamentos na compra, principalmente, de dipirona, ocitocina, Neostigmina, Imunoglobina humana e soro fisiológico, todos injetáveis que impactam diretamente na efetividade e segurança de tratamentos consagrados, cujo desabastecimento pode representar o sério risco à vida”, informa a nota do Conselho.