A saída do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que não concordou com a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, é a nona mudança no ministério montado pelo presidente Jair Bolsonaro, em 16 meses de governo.
Incluindo a troca de Roberto Alvim por Regina Duarte, em janeiro deste ano, na Cultura, secretaria com status de ministério, ocorreram alterações em nove pastas distintas.
Duas alterações aconteceram apenas na Secretaria-Geral da Presidência (primeiro saiu Gustavo Bebianno, depois Floriano Peixoto). Em um dos anúncios, a mudança de Onyx Lorenzoni da Casa Civil para a Cidadania, em fevereiro, os postos mais altos de dois ministérios foram alterados de uma só vez.
Bebianno era secretário-geral da Presidência e começou a balançar após a imprensa revelar que, em 2018, ele repassou R$ 400 mil à campanha de uma candidata a deputada federal de Pernambuco. Ela teve apenas 274 votos e foi considerada laranja em um suposto esquema de desvio de verbas do ex-presidente do PSL.
Bebianno foi demitido depois de um desentendimento com o filho do presidente, o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (hoje no Republicanos). Em seu lugar entrou o general da reserva Floriano Peixoto. Que, por sua vez, ficou apenas quatro meses no cargo.
O colombiano Ricardo Vélez Rodriguez, da Educação, ocupou a função até abril de 2019 e foi substituído por Abraham Weintraub.
Bastante criticado pela oposição e com dificuldade para montar sua equipe, Vélez Rodriguez se desgastou ainda mais após sua pasta, em fevereiro do ano passado, enviar a escolas do país um e-mail em que pedia que os estabelecimentos de ensino mandassem ao ministério vídeos de alunos cantando o Hino Nacional.
Tal exposição só é permitida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente com a nautorização expressa dos pais.
Em junho de 2019, saiu o primeiro militar: o general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Ele deixou a Secretaria de Governo da Presidência da República para dar lugar a outro general, Luiz Eduardo Ramos.
Santos Cruz vinha sofrendo ataques dos filhos do presidente e do escritor Olavo de Carvalho. A pessoas próximas, ele reclamava que Bolsonaro não o defendia dos constantes .
A gota d’água foi uma entrevista de Santos Cruz à rádio Jovem Pan. Na ocasião, ele disse aos jornalistas que a influência das redes sociais é benéfica, mas também pode “tumultuar” e que deve haver cuidado para que ela não vire uma “arma de discórdia”. Uma clara crítica a uma das principais ferramentas de comunicação da família Bolsonaro.
Floriano Peixoto, que era próxmo a Santos Cruz, deixou a equipe ministerial dias depois do amigo, e com apenas quatro meses na Secretaria-Geral da Presidência.
Santos Cruz vinha sofrendo ataques dos filhos do presidente e do escritor Olavo de Carvalho. A pessoas próximas, ele reclamava que Bolsonaro não o defendia dos constantes .
A gota d’água foi uma entrevista de Santos Cruz à rádio Jovem Pan. Na ocasião, ele disse aos jornalistas que a influência das redes sociais é benéfica, mas também pode “tumultuar” e que deve haver cuidado para que ela não vire uma “arma de discórdia”. Uma clara crítica a uma das principais ferramentas de comunicação da família Bolsonaro.