Os pais de uma criança de apenas 9 anos, cruelmente vítima de abusos sexuais e maus-tratos por parte de quem deveria proteger, Eduardo Campista e Graziela Campista, tinham hábitos considerados “família feliz” no dia a dia do Parque João Maria, onde os três moravam.
No dia 21 de março, a equipe de reportagem do jornal Notícia Urbana teve acesso a indícios de que a criança fora vítima de supostos abusos por parte dos genitores. No dia seguinte, a Polícia Civil confirmou as suspeitas e deu início às investigações.
A menina, filha única de Eduardo e Graziela, estava internada em um hospital particular da cidade, onde permanece até hoje. O jornal NU apurou que ela deu entrada na unidade com estado de saúde debilitado: estava abaixo do peso, visivelmente acoada, sem querer tomar banho ou se alimentar e com fungos na cabeça. Submetida a exames, logo os médicos constataram que ela havia sido vítima de violência sexual, pois estava com o hímen rompido.
Como não havia flagrante, os dois ficaram quase um mês levando uma vida normal, agindo como se nada tivesse acontecido. Eram vistos em supermercados do bairro com frequência, continuavam frequentando a igreja, onde iam aos domingos… Na igreja, aliás, Eduardo fazia parte do ministério de louvor. Era tecladista.
A essa altura, os vizinhos que antes não desconfiavam de nada, não sabiam o porquê de a filha do casal não ser mais vista. Há algum tempo ela não era vista mais brincando porque não queria mais sair de casa.
Eduardo, que é farmacêutico, continuava trabalhando normalmente em uma drogaria da cidade. Já Graziela, que é filha de um contador, também continuava a trabalhar no escritório do pai.
Uma amiga da família que pediu para não ser identificada, inicialmente, chegou a negar com veemência os abusos e maus-tratos. “Eu duvido que eles tenham cometido tal ato. Ela sempre foi muito desejada”.
Apesar da descrença, outros moradores do bairro estavam inflamados com a falta de notícias sobre o que estava acontecendo com os pais. No último sábado, uma grande manifestação aconteceu no bairro. Com medo de serem linchados, Eduardo e Graziela tiveram que sair de casa sob escolta da PM. Naquele dia não havia mandado de prisão para os dois.
Nesta quinta-feira (18), após serem presos, a Polícia Civil passou detalhes da investigação. Segundo a delegada, os dois abusavam sexualmente da filha. Em todos os casos, eles usavam os dedos. Muitas vezes, a mãe assistia o marido abusar da filha e sentia prazer. Com ar de super-proterora, ela nega as acusações. Já o genitor decidiu ficar quieto em relação as acusações.
Durante todo esse tempo, Eduardo trabalha em una farmácia no Centro de Campos como se nada estivesse acontecendo. A mulher, Graziele, fazia o mesmo. Ela trabalhava em um escritório de contabilidade da família. Alguns fies da igreja onde o casal frequentava não acreditava no que estava vendo. “Eles sempre desejaram a filha. Não podia imaginar uma coisa dessas. Até agora estava achando que fosse boato, que iam descobrir que os dois não tinham nada a ver com isso, mas me enganei”, escreveu uma internauta.
Após a justiça expedir mandado de prisão temporária para o casal, eles foram presos e estão no Presídio Masculino e Feminino, respectivamente.