Dentro do projeto de revitalização do Cais da Lapa, a Prefeitura de Campos, através de parceria das Secretarias da Defesa Civil, Serviços Públicos e Turismo, está realizando poda de árvores e a retirada de vegetação nas margens do Rio Paraíba do Sul, que colocam em risco a estrutura do dique. Após levantamento feito pela Defesa Civil, um laudo técnico apontou a existência de um tipo de vegetação que estaria causando danos ao dique, levando à indicação para retirada de algumas espécies. O Cais da Lapa é o maior ponto turístico urbano de Campos.
A Defesa Civil explicou a necessidade da ação. “A Secretaria de Defesa Civil informa que a ação, com apoio da Secretaria de Serviços Públicos, foi para suprimir as árvores que estavam enraizadas na estrutura de concreto e que, de acordo com o laudo técnico da secretaria, poderiam causar danos à estrutura”, diz o órgão.
“Todo o projeto de revitalização do Cais da Lapa tem diversas etapas e essa é mais uma delas. Teremos ali um totem e um painel de grafitte. Estamos concluindo a pintura para iniciar as atividades culturais e a obra da sede da Secretaria de Turismo. Também teremos um CAT (Centro de Atendimento ao Turista) com ordenamento de ônibus turísticos. Então, são várias ações acontecendo de forma concomitante no Cais da Lapa, neste momento”, informa o secretário de Turismo, Hans Muylaert, lembrando que o muro de aproximadamente 400 metros de extensão do Cais da Lapa já ganhou pintura em graffiti.
O Cais da Lapa, às margens do Rio Paraíba do Sul, guarda a lenda do Ururau e uma etapa importante do ciclo econômico da região, com a fábrica de tecidos que existia nas proximidades, assim como o primeiro ponto de iluminação elétrica pública de Campos e da América Latina, onde está o poste original, remanescente de 1883, em frente à Receita Federal. Nas proximidades também está localizada a Igreja da Lapa, outro importante cartão-postal. Do Cais da Lapa pode ser visto um belo pôr do sol.
Laudo – Na vistoria técnica da Defesa Civil, foram constatados diversos vegetais, entre eles, Aroeiras, Saboneteiras, Monjolos, Amendoeiras, além de outras espécies, e foi notado que o dique apresenta rachaduras, proveniente de raízes de alguns destes vegetais, que se desenvolveram nas fissuras da estrutura de concreto. Uma das espécies encontradas com alteração foi uma Amendoeira, que estava inclinada para o abrigo de passageiros. Foi indicada a retirada da mesma visando a segurança de quem utiliza o abrigo. A vegetação retirada será substituída por espécies recomendadas para o local, seguindo parâmetros técnicos e com posicionamento dos órgãos ambientais, por se tratar de Área de Preservação Permanente (APP).
