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Coluna | Matheus Alvarenga. O golpe republicano em Campos: indiferença ou aceitação?

Nurbana by Nurbana
26 de novembro de 2024
in País
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Nas últimas décadas do Império do Brasil, o movimento republicano e o positivismo emergiam nas classes intelectuais, Militar e política (Apesar desta última ser bastante limitada).

O Dr. Nilo Peçanha, como referido no último artigo “Nilo Peçanha – O Apóstolo da República” foi praticamente quem liderou o movimento republicano em Campos. Nos últimos anos do Império, Nilo Peçanha viajava para diversas cidades vizinhas no objetivo de “converter” os súditos de D. Pedro II para a República. 

Nilo não esteve sozinho. Além dele, seguiam na luta os doutores Francisco Portela, Miguel Herédia de Sá, Silva Jardim e em certa medida, José do Patrocínio. 

José do Patrocínio era um grande abolicionista e um entusiasta do movimento republicano. Porém, a sua reputação com os republicanos ficou comprometida após se tornar amigo da Princesa Isabel. Patrocínio e a Princesa  cooperavam juntos para dar alforria aos escravos ou dar fuga a estes. Patrocínio, após o decreto da Lei Áurea, criou a Guarda Negra, que era basicamente composta por ex-escravizados, na qual um dos principais objetivos era proteger a Princesa Isabel dos ataques dos republicanos ou de ex-proprietários de escravos que se voltaram contra a monarquia após a aprovação da Lei Áurea. 

Durante o dia 15 de novembro, as tropas rebeladas lideradas pelo Marechal Deodoro da Fonseca se moveram para o Campo de Santana (atual Praça da República, no Rio de Janeiro) para prender o Chefe do Gabinete de Ministros (cargo este que é comparado ao de 1° Ministro nas monarquias atuais). O objetivo dos republicanos golpistas era prender o 1° Ministro e destronar D. Pedro II. Alguns mais exaltados defendiam que a República deveria nascer do derramamento de sangue do Imperador e de toda a sua família, entre estes mais exaltados estavam o Jornalista  Silva Jardim  e Joaquim Inácio Baptista Cardoso (que foi avô do ex-presidente  Fernando Henrique Cardoso), este último por sua vez defendia o fuzilamento de toda Família Imperial.

Entretanto, todos os planos mais violentos foram impedidos pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca. O Golpe da República significou a união de parte da Igreja Católica insatisfeita com Imperador D. Pedro II (a questão religiosa), dos militares que se sentiam despretigiados pela coroa (a questão militar), pois estes se sentiam no dever de comandar os rumos da política nacional. E por fim, fazendeiros descontentes com a coroa após a abolição da escravidão. 

Em comparação com as capitais do Brasil, o movimento republicano em Campos era mais fraco. A historiadora  Marieta de Moraes Ferreira (1989) afirma que “a lentidão com que se expandia no movimento republicano na Província do Rio de Janeiro explicava-se, na verdade, pela força do conservadorismo, e esta era garantida, em grande parte, pela coesão em torno da escravidão”. Já na concepção do historiador Hervé Salgado Rodrigues na obra Campos – Na Taba dos Goytacazes,

 “Esta (a campanha republicana) não teve em Campos o mesmo nível de ardor cívico e de entusiasmo. Em quase toda parte do país o cidadão era a um só tempo abolicionista e republicano. Mas em Campos não ocorreu essa coincidência. Campos era monarquista por uma espécie de premonição de que não ia dar-se bem com a República como de fato não se deu. Manteve o esplendor das três últimas décadas 

do Império mais ou menos até 1920. E aí começou sua decadência.”  O historiador ainda descreve como a notícia do Golpe de Estado foi recebida em Campos: “Tarde de 15 de novembro, pelas 18 horas, chegava a notícia pelo telégrafo: 

~ “Povo, Exército, Armada, vão instalar governo provisório que consultará Nação, convocação Constituinte. Acclamações gerais República. Vinhais” 

O leitor mais atento deve se perguntar sobre a posição de José do Patrocínio. O famoso abolicionista campista sabendo da movimentação das tropas decidiu “trair” a Princesa Isabel. A Guarda Negra era aguardada nas ruas para sair em defesa do Imperador e da Princesa, mas isso não ocorreu. Patrocínio foi um dos civis participantes do golpe, e a República foi proclamada por ele mesmo na Câmara de Vereadores do Rio. 

Nilo Peçanha depois retornaria a Campos festejado pelos alunos do Liceu de Humanidades. Na Planície Goytacá, no entender dos historiadores regionais não houve resistência à República, mas também não havia identidade. O silêncio do povo campista soou como uma aceitação. A verdade é, que a República era muito mais aceita e reconhecida pela classe média. Mas isto não quer dizer que todos os filhos desta bela planície aceitaram de bom grado a nova forma de governo. Durante sua estadia nos EUA, o então campista Capitão de Mar e Guerra Luís Filipe de Saldanha da Gama não recebeu muito bem a notícia. Poucos anos, juntamente com seus colegas oficiais da Marinha, levantaria uma Revolta de Esquadra para depôr o segundo presidente da República Floriano Peixoto. Saldanha da Gama sonhava em derrubar a República e devolver o país para o estado anterior à República, mas através de um referendo popular. 

A República que nasceu de um golpe de estado, de democrática não era nada. Muitos republicanos foram perseguidos pela própria República que ajudaram a criar, entre estes dois campistas: José do Patrocínio (exilado) e Pedro Tavares (preso). 

historia
*Matheus Alvarenga Gonçalves é um pesquisador e acadêmico do 6° período do curso de História da Universidade Federal Fluminense. Tem como principal área de pesquisa a História do Brasil Imperial.
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