Todo cidadão deveria saber realmente quem são os seus representantes na Câmara de Vereadores. Todos deveriam acompanhar o que está sendo votado, se realmente os representantes eleitos têm se comprometido com suas promessas de campanha. Hoje, em nossa cidade, vimos uma verdadeira orgia parlamentar, onde nos deparamos com certos parlamentares pulando de lado, traindo seus eleitores e descumprindo promessas de campanha. Uma verdadeira vergonha, deixando de lado as necessidades do povo.
Na verdade, o que prevalece por parte de alguns vereadores é promiscuidade parlamentar, pouco importando o povo ou seus eleitores.
Em Campos, alguns “pacotes” provocaram o racha na base governista, parte da qual votou contra medidas. Os vereadores Anderson Mattos (REPUBLICANOS ), Helinho Nahim (PTC), Igor Pereira (SD) , Maicon cruz (PSC), Nildo Cardoso (PSL), Rogerio Matoso (DEM) e Thiago Rangel (PROS) se uniram aos opositores Abdu Neme (AVANTE) e Marquinho Bacellar do (SD). Igor Pereira (SD), que antes era oposição e depois virou base governista, pediu exoneração do cargo de presidente da fundação Municipal da infância e juventude por se opor as medidas de austeridade do Governo e retornou à câmara a tempo de participar da sessão.
Os nove votaram majoritariamente contra as medidas que atingem diretamente os servidores públicos: o licenciamento ambiental que permite a regulação do transporte por aplicativo, arrecadação de imóveis urbanos abandonados pelo município, o aumento dos valores das multas do Código de obras do município que o fundo de desenvolvimento de Campos (fundecam) receba devedores de bens e serviços.
A pressão do Siprosep e do sindicado dos Médicos de Campos (Simec) conseguiu desidratar o pacotes de medidas que atingiria o funcionalismo público municipal, tirando da pauta décimo terceiro projeto que os governistas planejavam votar que revisa o código tributário.
O projeto ainda sofreu resistência dos vereadores Bruno Viana (PSL), Fred machado (CIDADANIA) e Rafael Thuin (PTB) que ajudaram o prefeito a aprovar as demais medidas covardes do pacote.
Contrariando a orientação diretório Municipal do PDT, os três vereadores da legenda votaram junto do governo municipal em matérias que penalizam os servidores públicos e aumentam os tributos para a população já devastada pelo desemprego e a miséria impulsionada pela política do fecha tudo do atual prefeito Wladimir Garotinho. Leon Gomes (PDT), Luciano RIO Lu (PDT) e Marquinho do transporte (PDT) sofrerão processos administrativos e poderão ser expulsos do partido. Já o vereador Marcione da farmácia (DEM), não compareceu a câmara para votação e nem justificou. Essa é a forma que alguns políticos tratam seus eleitores. A falta de interesse por parte de alguns prejudica toda a população, mas, por outro lado, ainda tem aqueles que vivem pulando de lado como exemplos já citados acima. Poucos permanecem fiel a sua base ideológica e convicções. Este pequeno episódio nos dá a clara impressão que poucos vereadores se mantiveram no papel proposto em suas companhas, não se bandeando para o lado que mais lhe convém.
*Alexandre Manske tem formação superior em processos gerenciais, é estudante de políticas nacionais e é técnico em planejamento integrado