O Partido do Presidente Bolsonaro (PL) quer a anulação dos votos destas eleições em modelos de urnas de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta terça-feira (22), que o Partido Liberal (PL) apresente, em 24 horas, o relatório que pede a anulação dos votos destas eleições em modelos de urnas de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015, ficando nítido o desespero do ministro da corte superior .
O PL protocolou o documento na segunda-feira 21 e o divulgou nesta terça-feira. Os modelos de urnas em questão somam pouco mais de 350 mil equipamentos.
A Coligação Pelo Bem do Brasil, do presidente Jair Bolsonaro, cita uma auditoria realizada pelo Instituto Voto Legal (IVL). “Foram constatadas evidências contundentes do mau funcionamento das urnas eletrônicas, através de eventos registrados nos arquivos logs de urna”, informou o grupo, documento mostra que “apenas as urnas eletrônicas modelo UE2020 geraram arquivos log com o número correto do respectivo código de identificação”. Esse modelo corresponde a quase 225 mil urnas, representando 40% do total. Em pronunciamento do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o engenheiro Carlos Rocha, do IVL, explicou que o log da urna é parecido com um “diário” e que cada linha presente no log registra uma atividade de cada equipamento. O profissional participou da elaboração do relatório mencionado pelo PL.
“Em algumas urnas, apareciam números inválidos”, afirmou Rocha. “Constatamos que existem dois comportamentos diferentes nas urnas novas. Nelas, o código de identificação das urnas é correto, mas o das urnas antigas, de 2009 até 2015, encontramos um número inválido na quarta coluna do log.”
Segundo o site do TSE, as urnas têm validade de 10 anos e, sendo assim, após esse período, passaram a ser consideradas vencidas. Portanto, o equipamento deveria ser invalidado, fora as inconsistências relatadas pelas auditorias, ficando muito claro o que o sistema eleitoral obscuro, antidemocrático somado a falta de transparência. Temos um sistema vergonhoso e opaco. Em suma, dependendo da resposta do TSE, cabe a presidência da República invocar o GLO para que restabeleça a segurança e ordem na República Federativa do Brasil.
*Alexandre Manske tem formação superior em processos gerenciais, é pós-graduado em ciências políticas e é técnico em planejamento integrado